A importância de nomear nossos sentimentos para a saúde mental

 

O adoecimento psíquico não se reduz a um diagnóstico, isto é, a uma definição fechada e dada.

Adoecer é processo. Nem sempre vamos nos dando conta que estamos passando por um processo de esvaziamento de sentidos da vida, de nossos propósitos, prazeres e desejos.

 

Onde tudo começa

Dar nome a esses pequenos e trabalhosos processos de mudança que passamos subjetivamente em nossa vida não é fácil, tampouco um processo espontâneo.

Quando não conseguimos identificá-los, podemos sentir impotência, sentir que a dor que carregados sempre esteve aí e é irreversível.

Esquecemos que em algum momento da vida aprendemos a nomear sentimentos básicos como raiva, fome, tristeza, sono, felicidade. Todos foram nomeados e identificados nas nossas trocas desde a tenra idade.

Acontece que quanto mais nos desenvolvemos, maior a complexidade para identificar sentimentos mais elaborados. E isso só é possível mediante as relações sociais.

 

Nomear é cuidar

Dar nome é significar os nossos sentimentos e emoções, pois permite que a gente comece a pensar em histórias. Onde em nossa história começamos a ter certos sentimentos e qual a história desse sentimento.

Nosso histórico e o histórico dos nossos adoecimentos, sofrimentos e angústias nos permitem entender que os sentimentos não existem desde sempre e se desenvolveram em algum momento, revelando algo sobre nós.

Conhecer esse percurso permite entender como nos reconhecermos em nossa trajetória.

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